SP: Ato público presta solidariedade aos 23 ativistas perseguidos políticos

(conforme informações do Jornal AND, de 30/08/2018, https://anovademocracia.com.br/noticias/9443-sp-ato-publico-presta-solidariedade-aos-23-ativistas-perseguidos-politicos)

Personalidades democráticas, artistas e estudantes reuniram-se em São Paulo, dia 28 de agosto, para um importante evento de solidariedade aos 23 ativistas perseguidos políticos por participarem das grandes manifestações de 2013/2014 contra a farra da Copa da Fifa e os desmandos dos governos de Sergio Cabral, Pezão e Cia.

O ato público, promovido pela Editora n-1, ocupou o salão principal do centro cultural Casa do Povo com mais de 50 pessoas.

A exibição do filme Garantia da Lei e da Ordem deu início ao evento, relatando alguns dos principais acontecimentos que marcaram o Rio de Janeiro durante os combativos levantes de massa de 2013.

Na mesa de debates, iniciada pelas falas da professora da Universidade Federal Fluminense e militante do Grupo Tortura Nunca Mais, Joana D’Arc Ferraz e da artista e professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), Giselle Beiguelman, o apoio e solidariedade aos 23 foram reafirmados como a necessidade de defesa da justeza das grandes mobilizações populares de 2013.

Vladimir Pinheiro Safatle, filósofo e professor da USP, marcou presença no evento declarando seu apoio à campanha em defesa dos 23 manifestantes:

— Temos de fazer muito mais do que mostrar solidariedade, que é uma solidariedade absolutamente necessária, aos 23 acusados de insubmissão. Porque essa é a verdadeira questão, a insubmissão política.

E prosseguiu, relatando o caráter persecutório do processo:

— Aqueles que leram os autos do inquérito do juiz Itabaiana podem ter ficado completamente estarrecidos, como eu fiquei, lendo em uma boa parte do inquérito com caráter medieval as colocações que explicitam de uma maneira muito evidente a natureza autoritária, não só do poder judiciário brasileiro, mas das dimensões fundamentais da sociedade brasileira.

Também sobre a sentença de condenação contra os ativistas, decretada em 17 de julho, e seu significado frente à situação política atual, Safatle pontuou:

— Porque que isso é importante agora? Isso é importante porque sabemos muito bem que o que aconteceu em 2013, não vai ficar somente naquele ano. A data de 2013 foi somente um ensaio geral do que acontecerá daqui a dois ou três anos, no máximo. Não há nenhuma possibilidade de que o Brasil não tenha em um futuro próximo algum tipo de manifestação como a que tivemos em 2013. Há toda uma equação montada para que algo como isso volte mais uma vez.

E prosseguindo sua análise, o professor caracterizou o momento de profunda crise econômica, política e moral, na qual o povo rechaça crescentemente as instituições do velho Estado e a farsa eleitoral:

— Temos um descontentamento inacreditável da população brasileira. Sabemos como as eleições se esvaziaram de maneira brutal. Estamos à frente de uma eleição digna de uma república velha, onde de uma maneira ou de outra os resultados já estão definidos, as cartas já estão marcadas. A população sabe tanto disso que o grau de votos brancos e nulos declarados faltando pouco mais de um mês parta as eleições é algo inimaginável.

Dentre as mobilizações de massa recentes, Vladimir Safatle destacou a greve dos caminhoneiros e a possibilidade que esta mostrou de desestabilização do Estado, criticando também a atuação do oportunismo eleitoreiro:

— Há alguns meses, por muito pouco o Brasil não parava como há muito em nosso país não acontecia em sua história recente. Vimos a greve dos caminhoneiros. Se tivéssemos uma esquerda aguerrida, que não tivesse medo de manifestação, de desestabilizar o poder, teríamos feito uma greve geral, aproveitando aquela situação. Fazendo com que o governo caísse de uma vez por todas, independente do que viesse depois desse processo. Porque o fundamental é quem age dentro deste processo, quem mostra que tem capacidade de ação, de passar a frente.

E concluiu fazendo um chamado a todos dos presentes:

— Que esta situação, na qual somos obrigados a nos mobilizar para defender aqueles que tiveram na frente do junho de 2013, nos deixe uma lição. Haverá muitos mais 23 nos próximos anos. A questão é: nós estamos preparados para isso? E como nos preparamos?

O professor do departamento de filosofia da PUC, Peter Pál Pelbart, prestou sua solidariedade aos ativistas e manifestou seu repúdio à sentença:

— O massacre midiático, jurídico, psíquico não teria razão de ser se por um átimo esses jovens não tivessem encarnado um perigo, uma ameaça, um legítimo e “democrático” direito de manifestar seu descontentamento com a ordem vigente. A condenação dos 23 comprova o rumo que vai tomando nossa democracia agonizante, qual seja, de esmagar no ovo estes laivos de expressão multitudinária. Não há como aceitar, não há como calar e não há como se intimidar e não há como fingir que nada aconteceu. Quando sinais são trocados a ponto de uma guerra declarada se dizer paz social é porque fomos longe demais.

E encerrou afirmando: “Junho de 2013 não se esgotou, junho de 2013 está por vir, e portanto é preciso que a gente se prepare para esse retorno de junho de 2013.”.

Igor Mendes, um dos 23 ativistas perseguidos que esteve sete meses encarcerado na penitenciária de Bangu nos anos de 2014/2015, saudou a aguerrida luta das mães de vítimas de violência nas favelas, exaltando a resistência que o povo impõem frente à opressão e perseguição política dos tempos que vivemos:

— Falar da condenação dos 23 me obriga em primeiro lugar a prestar uma homenagem ao bravo povo das favelas e, particularmente do Rio de Janeiro, em que não se passa um dia sequer, não há um dia em que não tenha algum jovem pobre e preto assassinado em uma favela. E o que vemos é que mesmo com toda a disparidade de forças, com toda a desigualdade de meios, com toda a imprensa, sobretudo a Rede Globo – esse partido político de extrema direita jogando contra –, apesar de tudo isso, esse povo, sobretudo aquelas mães se levantam e resistem. Porque estes tempos sombrios também forjam e forjarão crescentemente os homens e mulheres que os enfrentarão.

Igor falou sobre o momento político do país em que se dá a condenação, afirmando que a sentença da 27ª vara se dá em meio a uma situação de guerra contra o povo e crescente reacionarização do velho Estado:

— Essa sentença não poderia ser diferente em um contexto de intervenção militar, dos assassinatos crescentes que acontecem nas periferias, nos bolsões de miséria do país, no campo. Num contexto em que a Marielle foi executada e que este caso permanece impune, dando um recado claro para aqueles que levantam a voz, ainda que de forma mais pacífica e parlamentar. Ainda isso é inaceitável.

E reafirmando o caráter político do processo, o militante popular expôs:

— Penso que essa condenação é mais uma de nossa história dos levantamentos populares. Porque nós cometemos um ‘pecado’ nunca aceito pelas classes dominantes desse país, que é questionar e lutar contra seus desmandos e privilégios.

— O centro da condenação dos 23 é a condenação do próprio direito de protestar. É ele que está em jogo.

Durante o evento foi lançado o livro de cordel ‘Resistir é Preciso’, da autoria de Igor Mendes (n-1 edições) que denuncia o processo contra os manifestantes da copa e retrata a luta da campanha contra as prisões e perseguições políticas. Esta obra já está disponível para em nossa loja virtual, juntamente com as últimas unidades do livro A Pequena Prisão.

Também da série Pandemia, foi lançado o cordel “Odiolândia”, de Giselle Beiguelman (n-1 edições).

Apoiadores do jornal A Nova Democracia de São Paulo estiveram presentes no evento, divulgando livros e as últimas edições do AND.

 

‘Em defesa dos 23 e do direito de lutar!’: Debate lota salão da Uerj

(Abaixo a matéria do Jornal A Nova Democracia sobre o debate da Campanha em Defesa dos 23, publicada em 28/9/18, https://www.anovademocracia.com.br/noticias/9616-em-defesa-dos-23-e-do-direito-de-lutar-debate-lota-salao-da-uerj)

‘Em defesa dos 23 e do direito de lutar!’: Debate lota salão da Uerj

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) e a Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio Janeiro (Asduerj) promoveram, na tarde do dia 27 de outubro, um entusiasmante debate em solidariedade contra a perseguição política dos 23 ativistas e a criminalização da luta popular, com a presença do filósofo e professor da USP, Vladimir Safatle.

Compuseram a mesa de debates também a militante da luta camponesa, Clara, representando a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e a professora e diretora da Asduerj, Deborah Fontenelle. Dentre os 23 ativistas perseguidos políticos, estiveram presentes a professora e diretora do Sindicato Estadual dos Professores do Rio de Janeiro (UERJ), Rebeca Martins e o militante popular e escritor, Igor Mendes.

O evento lotou o salão do 9º andar da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e discutiu, para além do processo político movido contra os ativistas que participaram das grandes manifestações de 2013 e 2014, o rechaço à farsa eleitoral que se avizinha e as perspectivas para a luta popular, dada a situação de profunda crise econômica, política e institucional do velho Estado.

O vibrante debate foi marcado por palavras de ordem e intervenções que destacaram o otimismo frente à situação política nacional, afirmando uma vez mais que o agravamento da crise abre ótimas perspectivas para a luta popular e para uma verdadeira transformação no nosso país, que ponha abaixo todo este sistema de opressão e exploração do povo.

Falando em nome da Asduerj, Deborah, que também é professora do Colégio de Aplicação da Uerj (CAP-UERJ), manifestou solidariedade a luta contra a criminalização dos 23 e expôs a situação de precarização da Uerj em meio aos continuados ataques contra da educação:
— Temos vivido um período de muita luta, pela resistência, pela sobrevivência da universidade e para que esta mantenha seu caráter público e para que ela se torne ainda mais popular. Temos dificuldades de conseguir bolsa de permanência, além de outras medidas que garantam a permanência dos alunos e alunas na universidade.

A representante da LCP falou sobre as grandes manifestações das Jornadas de Junho e a criminalização da luta popular, demonstrando que as lutas camponesas e populares não começaram no ano de 2013, mas são continuadas e que jamais cessaram:

— Houve uma comoção nacional durante as jornadas de Junho de 2013 e 2014 que dizia: ‘O Brasil acordou’, ‘O gigante estava adormecido e acordou’. Mas na verdade o povo sempre lutou e nunca deixou de lutar. No campo, o povo sempre lutou, enfrentou o latifúndio, o velho Estado, o judiciário, todas as formas de criminalização e perseguição.

Sobre os crimes promovidos pelo latifúndio em conluio com o velho Estado, denunciou:

— São inúmeros os companheiros assassinados na luta pela terra, pelo direito de ter um pedaço de terra para viger com dignidade. São inúmeros os casos de dirigentes camponeses, de lutadores das massas que são assassinados pelo latifúndio, apoiado, sustentado e defendido por aparatos militares desse Estado, pela polícia, os quais são defendidos pelo judiciário. Basta acompanharmos a discrepância entre o número de pessoas que foram assassinadas na luta pela terra no nosso país e o número de pessoas que são presas, de mandantes que são indiciados.

Dentre os crimes do latifúndio, Clara destacou o bárbaro assassinato de Cleomar Rodrigues, dirigente camponês da LCP do Norte de Minas e Sul da Bahia, que completa 4 anos no próximo dia 22 em outubro.
— No ano de 2014 o coordenador político da LCP foi assassinado na cidade de Pedras de Maria da Cruz. Foram presos dois acusados do assassinato do companheiro e um ano depois eles conseguiram habeas corpus e estão andando em liberdade como se nada tivesse acontecido.

O professor Vladimir Safatle reforçou que para além do apoio aos 23 ativistas devemos ir mais além, avançar e apontar o caminho para a continuidade das lutas que prosseguirão:
— Não estamos aqui simplesmente para prestar solidariedade a companheiros que estão perseguidos de forma brutal e completamente injusta por terem participado das manifestações em 2013. Estamos aqui por isso e por muito mais. Estamos aqui para dizer que chegamos a um ponto de ruptura. E que este é o momento de fazer isso de forma cada vez mais clara. Uma ruptura em relação a todo um sistema de promessas que de certa forma colonizaram nossas atuações e capacidade de organização e mobilização, cujos resultados sabemos o que produziram.

Igor Mendes mostrou como o processo dos 23 se enquadra dentro de uma situação de reacionarização do velho Estado que tem como intuito, particularmente, condenar os levantamentos de Junho de 2013. E concluiu apontando as ótimas perspectivas que se abrem:

— As condições que produziram os levantamentos de junho de 2013 não só se mantiveram, mas se agravaram tremendamente. E também o movimento popular independente e sem amarras da velha burocracia que convergia tudo para as urnas também cresceu. Não só a extrema direita cresceu. Não podemos cair no erro de ver as coisas por um ponto de vista pessimista.

— Nós só poderemos derrotar o fascismo e a extrema direita com mais luta. Não é abaixando a bandeira vermelha da luta de classes e levantando a bandeira branca da paz, mas é levantando mais alto a bandeira vermelha da luta de classes e arrancando pela raiz aquilo que gera essa reação odiosa que nunca saiu do poder no Brasil, mas que vai ser retirada na marra. Por quem? Por nós, pelo povo!

Processo dos 23: Evento Político no IFCS

(conforme publicado na página do Jornal A Nova Democracia em 20 Julho 2018)

Repercutimos abaixo convocatória do Ato Político em solidariedade ao 23 organizado pelo Liberdade Aos Presos Políticos – RJ.

O ato está marcado para terça-feira, dia 24 de julho, as 18:00h no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS)


Convocamos todos os movimentos populares, democráticos, revolucionários, entidades, sindicatos e apoiadoras e apoiadores independentes a comparecerem ao evento político em solidariedade aos 23 e em repúdio à condenação do juiz Flavio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal da Capital-RJ.

https://www.facebook.com/events/1858170854485394/

Processo dos 23: Nota de repúdio e de chamamento à luta

Processo dos 23: Nota de repúdio e de chamamento à luta

Abaixo a Nota de Repúdio assinada por 11 dos 23 processados e condenados:

Assinam esta nota 13 dos 23 ativistas condenados pelos protestos no Rio –

Ontem, 17/07/18, o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau finalmente entregou o serviço para o qual foi escalado por Sérgio Cabral há quatro anos atrás: condenou todos os 23 ativistas envolvidos nos protestos contra a farra da FIFA a penas que vão de 5 a 13 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.

Quais crimes nós cometemos?

Ousamos denunciar os desmandos de Sérgio Cabral, Pezão & CIA, acobertados todo o tempo por parte do Poder Judiciário e do Ministério Público do Rio?

Ousamos denunciar a farra da Copa da FIFA, cujo único “legado” que restou para o povo foram os escombros das comunidades removidas e a quebradeira dos serviços públicos?

Ousamos participar, como estudantes e trabalhadores, ombro a ombro com milhões de pessoas nas maiores manifestações de massas da história recente do país?

Ousamos atuar ao lado de movimentos populares independentes, que não se curvam ou se vendem às “tenebrosas transações” da politicalha oficial que nos desgoverna, cujos maiores símbolos são Pezão e Temer?

Se disso nos acusam, temos que aceitar com orgulho o que dizem os nossos algozes. Porque foi isso mesmo que fizemos, ou seja, lutamos. Todos precisam compreender que é a toda nossa geração que buscam condenar e intimidar com esta sentença infame. Mas não conseguirão: carregamos a teimosia própria dos que insistem em ter fé na vida, fé na luta, fé no povo. A teimosia dos milhares que marcharam na Praça Saens Peña, no dia da final da Copa do Mundo, apenas algumas horas depois que dezenas de ativistas foram presos e enviados para Bangu. Nós temos lado, e este não é o lado da casa grande. Se disso nos acusam, muito obrigado, pois.

Com esta sentença, o Sr. Itabaiana entra para a história pela porta dos fundos. Será sempre lembrado como aquele que perseguiu de modo implacável a juventude de junho de 2013. Que fique registrado: o que se fez no Rio de Janeiro, quanto aos procedimentos persecutórios, prisões abusivas, invasões de residências, infiltração ilegal, grampos de advogados a até uma “delação premiada informal” (a do sabujo Felipe Braz, cujo depoimento é praticamente a única “prova” apresentada para nos condenar) não teve par em nenhum outro lugar do Brasil. Talvez os carrascos se orgulhem do seu serviço; a esse “orgulho” nós achamos mais coerente chamar: VERGONHA!

Sim, porque é vergonhoso que os manifestantes contra a farra da FIFA sejam condenados, quando hoje grande parte dos próprios organizadores da Copa estão presos! Quando o ex-governador que nos reprimiu com selvageria está preso! Quando o país é levado à beira da fome e da devastação social pelos mesmos vampiros que tremeram de ódio quando a juventude tomou as ruas! Quando a Rede Globo, que nos perseguiu, ainda não explicou as suas negociatas em torno dos megaeventos!

Alguma palavra sobre a “conduta reprovável” e “personalidade distorcida” dessas pessoas, senhor juiz?

Reafirmamos o que dissemos ao longo de todos estes anos: LUTAR NÃO É CRIME! Crime é o estado de calamidade oferecido ao povo na fila dos hospitais, crime é a falta de vaga nas creches, crime são os ônibus caros e superlotados, crime é o que se pratica diariamente nas favelas, ensanguentadas pelo genocídio do povo preto e pobre. Isto é crime! E estes crimes, tenham certeza, não ficarão impunes para sempre.

Em tempos de sérios ataques aos direitos trabalhistas e sociais, é fundamental desfraldar bem alto as bandeiras da liberdade de expressão e de manifestação, sem as quais nenhum outro direito pode ser defendido, muito menos conquistado. Isso é ainda mais importante quando o Rio se vê sob uma intervenção militar, e assistimos quase diariamente oficiais discursando abertamente sobre a possibilidade de um golpe militar no país. Conclamamos todos/as os/as lutadores/as, trabalhadores/as, estudantes, coletivos, ativistas, intelectuais e democratas a se manifestarem nessa campanha. Não é só pelos 23: é por todos os que lutam!

Lutar não é crime!

Fascistas, hoje e sempre: não passarão!

Viva as jornadas de junho de 2013!

Assinam esta nota:

Bruno de Sousa Vieira Machado

Elisa Quadros Pinto Sanzi

Emerson Raphael Oliveira da Fonseca

Felipe Frieb de Carvalho

Filipe Proença de Carvalho Moraes

Igor Mendes da Silva
Joseane Maria Araújo de Freitas

Leonardo Fortini Baroni

Luiz Carlos Rendeiro Júnior

Pedro Guilherme Mascarenhas Freire

Rafael Rêgo Barros Caruso

Rebeca Martins de Souza

Shirlene Feitoza da Fonseca

NOVA PANFLETAGEM NA CENTRAL ONTEM CONTRA O MASSACRE OLÍMPICO

No dia 03/08/2016, a Frente Independente Popular – RJ esteve presente novamente na agitação na Central do Brasil às 17h. Os cerca de 30 manifestantes estenderam faixas, fizeram agitação com o megafone e distribuíram dezenas de milhares de panfletos que denunciavam os crimes cometidos contra o povo em nome das Olímpiadas e chamavam para o ato que aconece amanhã, às 14h, na Saens Peña.

Participe das próximas atividades de denúncia da farra olímpica:
– 5ª feira, 17h, agitação e panfletagem (Saens Peña, banca de jornal);
– 6ª feira, 14h, ato (Saens Peña).

Abaixo o massacre olímpico!
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VIGOROSA PANFLETAGEM E AGITAÇÃO CONTRA O MASSACRE OLÍMPICO

No dia 02/08/2016, às 17h, ativistas e militantes de correntes democráticas e revolucionárias realizaram novamente uma combativa agitação em Madureira, nos entornos da estação de trem e de BRT.  A FIP esteve presente nessa atividade. Os manifestantes distribuíram panfletos que denunciavam os crimes cometidos contra o povo em nome das Olímpiadas. Entoaram palavras de ordem combativas e conclamaram as massas a rechaçarem o massacre olímpico comparecendo no ato do dia 05/08, às 14h na Saens Pena, dia da abertura das Olimpíadas.
A atividade durou cerca de 3 horas e contou com aproximadamente 20 participantes. Os ativistas montaram faixa e fizeram falas para as massas com auxílio de megafone. Os trabalhadores e trabalhadoras que passavam deixavam suas palavras de apoio aos ativistas e rechaçaram a farra das multinacionais, empreiteiras e políticos e o massacre olímpico.

Participe das próximas atividades de denúncia da farra olímpica:
– 4ª feira, 17h, Central do Brasil;
– 5ª feira, 17h, Saens Peña (banca de jornal);
– 6ª feira, 14h, ato (Saens Peña).

Abaixo o massacre olímpico!
Rebelar-se é justo!

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COMBATIVA AGITAÇÃO CONTRA O MASSACRE OLÍMPICO

A FIP esteve presente ontem, dia 1º de agosto, em vigorosa agitação na Central do Brasil. Os manifestantes denunciaram os crimes cometidos contra o povo em nome do megaevento: as remoções, a retirada de direitos, os cortes na saúde e na educação, a crise que só existe para o povo trabalhador. Entoaram palavras de ordem combativas e conclamaram as massas a rechaçarem o massacre olímpico com a consigna: Rebelar-se é Justo!
A atividade durou cerca de 2 horas e contou com aproximadamente 20 participantes. Os ativistas mantiveram sua combatividade durante a atividade e receberam diversas palavras de apoio dos trabalhadores e trabalhadoras que ali passavam.

Participe das próximas atividades de denúncia da farra olímpica:
– 3ª feira, 17h, Madureira (bilheteria da estação de trem);
– 4ª feira, 17h, Central do Brasil;
– 5ª feira, 17h, Saens Peña (banca de jornal);
– 6ª feira, 14h, ato (Saens Peña).

Rebelar-se é justo!

 

 

DEBATE: AS JORNADAS DE JUNHO E A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS POPULARES

debate criminlização

Viva as Jornadas de Junho de 2013!

As Jornadas de Junho significaram um marco histórico de grande importância para o nosso País. Tudo que se disse por anos a fio, de que o povo brasileiro seria “passivo”, “acomodado” foi desmentido por aqueles dias em que a rebelião popular tomou as ruas de praticamente todas as cidades brasileiras. As Jornadas representaram a continuidade de lutas por liberdade que vêm de longe, protagonizadas pelo nosso povo no campo e na cidade, embora nem sempre noticiadas, como a sangrenta luta pela terra protagonizada pelos povos indígenas e quilombolas, as revoltas contra o genocídio dos pobres nas favelas, as incontáveis greves e manifestações populares que eclodem Brasil afora por diversas reinvindicações.
Definitivamente, não foi por 20 centavos, mas por um Brasil novo, que combatemos em junho de 2013. Desde o início, os governantes, em todas as esferas, fizeram todo o possível para sufocar os protestos: desde tentativas de manipulações midiáticas, brutal repressão policial, detenções e prisões arbitrárias, cercos a praças públicas e tentativa de dividir os manifestantes entre “bons” e “vândalos”. Isso inclui o governo federal à época, dito de “esquerda”, que não hesitou em enviar a Força Nacional de Segurança para reprimir os protestos, como já havia feito durante as greves operárias nas obras do PAC.
As Jornadas de Junho mostraram de forma clara que todos os partidos eleitoreiros, defensores da velha ordem, estão do mesmo lado contrário ao povo em luta. Por isso todos eles foram rechaçados daquelas manifestações, sob o grito de que: “Eleição é farsa!”. Hoje, mais do que nunca, diante da falsa polarização – entre PT de um lado e PMDB de outro – é necessário erguer alto as bandeiras de Independência, Combatividade e Classismo que tremularam nas barricadas em junho de 2013. Sem dúvida, uma vez que nenhuma das reivindicações populares foram até então atendidas, outras Jornadas, ainda maiores, virão.
Viva as Jornadas de Junho!
Viva a juventude combatente!
Rebelar-se é justo!

 

Por conta da agenda dos debatedores convidados a compor a mesa, a data do debate foi remarcada.

DEBATE: AS JORNADAS DE JUNHO E A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS POPULARES
Quita-feira, 30 de junho de 2016
18h30
IFCS
sala 317

Convidados confirmados para compor a mesa:

– Marino D’Icarahy, Abrapo – Associação Brasileira de Advogados do Povo;
– João Tancredo, Presidente do DDH – Instituto de Defensores de Direitos Humanos;
– José Gonçalves, camponês perseguido – Liga dos Camponeses Pobres;
– Gláucia dos Santos, representante de mães de vítimas de violência de Chapadão e Costa Barros;
– Um dos 23 presos e perseguidos políticos da Copa da FIFA.

Evento: https://www.facebook.com/events/1812807238938568/