Calendário (informes da plenária de 26/2/14)

– 27/02: Reunião no ANDES para construção do Congresso Indígena (16h);
– 27/02: Reunião com Favela não se cala e outros movimentos para preparar calendário de lutas (ADIADA);
– 01/03: Panfletagem da nota de repúdio da FIP no bloco Pula Roleta (praça da Cruz Vermelha, 17h);
– 05/03: Reunião da CO;
– 07/03 e 10/03: Panfletagem para o ato da copa (16h, Central);
– 10/03: Plenária da FIP às 19h no IFCS;
– 12/03: Creche da FIP para o ato;
– 13/03: Debate na PUC sobre mobilidade urbana;
– 13/03: Atividade dentro do calendário da semana da mulher, GEP-UERJ;
– 15/03: Comemoração do fim da semana da mulher com atividade na Ladeira do Livramento (GEP);
– 19/03 e 27/03: Seminário FIP da Comuna de Paris;
– 21/03: Ato contra o estado genocida e o racismo (para construir junto a outros movimentos);
– 07/04 a 11/04: Semana de graduação de Filosofia – UERJ (FIP convidada pra debate);
– 07/05 a 12/05: Congresso Indígena Aldeia Maracanã.Notas e outros aprovados em plenária:

– Nota de apoio ao Quilombo das Guerreiras;
– Nota de avaliação do ato do dia 25/02;
– Contribuir para vídeo sobre a questão da mulher (GEP).

Ato Unificado Contra a Criminalização das Lutas pelo Estado e a Imprensa Fascista, 25/2/14

ato contra fascismo

 

Está indignado com o sensacionalismo da grande mídia?
Só reclamar não vai adiantar NADA! PRECISAMOS ir às ruas demonstrar que não capitularemos frente à ofensiva sensacionalista dessa IMPRENSA MENTIROSA e desse Estado corrupto!
Que não aceitamos a criminalização da luta do povo e nem as leis de exceção de Cabral e Dilma, como a famigerada lei anti-terrorismo!

Panfletagem da FIP na Central do Brasil, sexta-feira, 21/2/14.

panfleto_nota_ato contra criminalização A4
A Frente Independente Popular – RJ fará uma panfletagem na próxima sexta-feira, dia 21/02, a partir das 16h (concentração).O panfleto é a Nota de Repúdio à Criminalização das Lutas Populares da FIP-RJ, com a convocatória para os atos do dia 25/02 (Contra o fascismo dos monopólios de Imprensa…) e 12/03 (Não Vai Ter Copa).Quem puder imprimir/xerocar os panfletos, agradecemos. Precisamos de toda a ajuda possível para conseguirmos uma grande quantidade.

Exibição do documentário “Remoção”, evento de Favela Não se Cala

 

O Favela Não Se Cala e a Lapilar Produções convidam todos os companheiros e companheiras da luta pelo direito à moradia, para a exibição do documentário “REMOÇÃO”, SÁBADO, 15 de Fevereiro. Serão duas exibições, confiram os locais e horário:

Horto
Dia: 15/02 – Sábado
Horário: 10h…
Local: Clube Caxinguelê

Caju
Dia: 15/02 – Sábado
Horário: 19h
Local: Praça do Campinho – Chatuba

Na exibição do Horto estará presente no debate o Professor Miguel Baldez, que vai levantar questões sobre a luta pela terra urbana, destacando o como o Direito tem sido a ferramenta que o Estado utiliza na produção da cidade capitalista e, por conseqüência, para produzir a gentrificação, ou seja, o enobrecimento dos territórios conquistados e ocupados pelos pobres urbanos.

SERVIÇO
Documentário: “REMOÇÃO” trata da remoções e da trajetória dos moradores dos conjuntos habitacionais: Cidade de Deus, Cruzada, Cidade Alta, Padre Miguel, etc. Depoimentos de moradores, pesquisadores. Além de triste história do governo, uma linda e emocionante história dos moradores. Direção: Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack

Nota de repúdio à criminalização das lutas populares

nota de repúdio à criminalizaçãoA Frente Independente Popular do Rio de Janeiro (FIP-RJ) vem a público repudiar a campanha orquestrada pela imprensa burguesa e pelo Estado brasileiro, que visa desmobilizar e criminalizar os protestos populares. É vergonhoso que a morte do trabalhador Santiago Andrade, que exercia sua profissão sem as mínimas condições de segurança no trabalho, seja utilizada para tentar manipular a opinião das pessoas com o objetivo de jogar povo contra povo. O acidente ocorreu durante um conflito iniciado pela polícia. Santiago e sua família são vítimas da política de brutal repressão aos protestos desencadeada por Sérgio Cabral e José Mariano Beltrame. Muitas outras pessoas, inclusive jornalistas, já foram feridas e mesmo mortas em manifestações e o monopólio de imprensa sequer noticiou. Em virtude disso, a FIP-RJ não dialoga com a Globo, Bandeirantes, SBT, Record etc.

Condenamos a postura provocadora e antiética do advogado Jonas Tadeu, defensor de milicianos, que está usando seus clientes para tentar desmoralizar o movimento popular. É leviana a acusação de que as manifestações são financiadas. O povo vai para as ruas lutar pelos seus direitos diariamente desrespeitados. Os protestos têm como base a ampla insatisfação da população com as atuais condições de vida. Basta ver as diversas revoltas populares ocorridas em nossa cidade nos últimos dias como, por exemplo, na Praça Seca, Engenho Novo ou na Supervia. A Frente Independente Popular jamais financiou qualquer militante para participar de manifestações. Lutamos pelo povo e com o povo.

É com medo de que o aumento das manifestações comprometa a realização da Copa do Mundo que inúmeras medidas repressivas estão sendo tomadas. A Lei Antiterrorismo, a Lei de Crime de Desordem em Local Público, a Lei Geral da Copa e a Portaria Normativa do Ministério da Defesa, qualificando movimentos sociais como “forças oponentes”, evidenciam a farsa do suposto Estado Democrático de Direito que, de fato, é um Estado autoritário e policial.

A Frente Independente Popular não é um partido político. Surgida das jornadas de junho de 2013, defende os princípios de classismo, combatividade e independência, rechaçando a farsa eleitoral.

Defendemos o direito de resistência e rebelião das classes oprimidas e exploradas. Entendemos que cabe ao povo escolher os seus métodos de luta, de acordo com a situação concreta. Apesar de toda a manipulação, as manifestações não cessaram. Conclamamos o povo a permanecer nas ruas. A emancipação dos trabalhadores só poderá ser obra dos próprios trabalhadores.

Viva a luta da classe trabalhadora! Viva a luta do povo!
Frente Independente Popular – RJ, 14/02/2014.

Plenária da Frente Independente Popular – Dia 17/02 – segunda-feira, IFCS/UFRJ

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Convidamos a todos os lutadores e lutadoras do nosso povo para participar da nossa próxima plenária, para traçarmos uma grande onda de propaganda e agitação contra esta ofensiva fascista do Estado brasileiro através dos monopólios de imprensa.

ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO!
GLOBO FASCISTA! VOCÊ QUE É TERRORISTA!

Dia 17/02 – segunda-feira
19h – IFCS

Nota do Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro Marcelo Chalreo sobre os acontecimentos na manifestação do dia 06/02.

Nota do Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro Marcelo Chalreo sobre os acontecimentos na manifestação do dia 06/02.

Ação e Reação

Redijo essa por conta do incidente que causou graves e sérias lesões em um cinegrafista de um grupo de mídia na cidade do Rio de Janeiro na última quinta-feira. A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB RJ esteve presente no Hospital Souza Aguiar na noite da ocorrência para não só emprestar toda solidariedade à família, mas também para melhor se inteirar do ocorrido e compartilhar com dirigentes do Sindicato dos Jornalistas e amigos do atingido sua expectativa de que tudo corresse da melhor forma possível, buscando, outrossim, junto à administração do Hospital, todas as informações possíveis que pudessem dar um quadro real da situação existente. Na ocasião, declaramos à imprensa que seria precipitado e leviano naquele momento, como já faziam alguns órgãos de mídias, imputar a este ou aquele a responsabilidade pelo artefato que atingira o mencionado profissional de imprensa. Constatamos no ato um fato que já vinha sendo posto : o repórter não portava durante seu trabalho qualquer identificação claramente visível de ser profissional de imprensa nem usava qualquer equipamento de proteção individual, como capacete, máscara antigases etc, apetrechos essenciais em coberturas que podem implicar em risco à integridade física, como praxe em certos segmentos da mídia. O uso desses equipamentos de identificação e proteção, reclamados há meses pelo Sindicato dos Jornalistas ao empresariado da mídia, porém não fornecidos aos profissionais de imprensa, poderiam ter evitado ou minorado, a contundência sofrida.
Isso posto, resta pontuar que têm sido recorrentes desde o ano passado ferimentos, lesões, danos físicos de maior ou menor gravidade em decorrência dos protestos que têm tomado as ruas brasileiras, em sua maior medida, como mais de uma vez apurado, mas sem a devida responsabilização dos seus causadores, originários de atos e ações da polícia. Mais uma razão, repete-se, para que os profissionais destacados para essas coberturas portem os necessários equipamentos de proteção individual como meio e modo de resguardarem sua incolumidade física.
Nesse contexto, as reações dos manifestantes às ações policiais, que na maioria das vezes usaram e usam força desmedida, desproporcional e até incontrolável, têm sido um fato. O uso de táticas e métodos contraofensivos é mecanismo mais que antigo na seara do protesto social em face da truculência policial, bastando retroagir aos acontecimentos de Paris em 68, aos protestos estudantis do Rio em 67 e 68 ante a ditadura civil-militar, às greves do ABC no fim dos anos 70, às ações militantes da Alemanha no início dos anos 80, à greve da CSN em 88, às manifestações contra o aumento das passagens de ônibus no Rio no fim dos anos 80, às passeatas de Buenos Aires no início dos anos 90 e mais recentemente aos protestos sociais na Espanha, em Portugal, no Chile, na Turquia, na Colômbia, no Egito e no Brasil.
Frente a uma polícia despreparada, na verdade na ausência de uma política de segurança pública cidadã e que não veja e não tenha o manifestante como um inimigo a ser batido ( a propósito, ver reportagem de “ O Globo “ do dia 02/09 : “ Sem Preparo . Em pesquisa, 64% dos policiais assumem não ter treinamento adequado para agir em manifestações “ ) impera a força a qualquer custo e preço, o que, segundo os próprios policiais ouvidos ( em todo o Brasil ) decorre da “… (a) atuação da tropa é determinada pelos governos estaduais “, não é impensável, muito menos improvável ( e os exemplos mais uma vez vêm do nosso próprio e não distante passado e de outros países ), que os manifestantes se preparem para o pior e portem o que consideram necessariamente defensivo em face da brutalidade policial iminente. No mesmo diapasão, a reforçar ações contraofensivas de maior alcance, insere-se o perfil de uma força de segurança militarizada dos pés à cabeça, das mais violentas e que mais mata no Mundo. Não bastasse, houve e há um conjunto de medidas administrativas e legais draconianas, muitas vezes inconstitucionais e ilegais, adotadas por nossos governantes municipais, estaduais e federal a mais gasolina jogar na fogueira da insensatez pura e simplesmente repressiva, como se não houvesse um estado geral de insatisfação com um conjunto de práticas e políticas governamentais que fizeram e fazem eclodir os protestos em inúmeros pontos do Brasil, o que obviamente não se restringe aos grandes centros e às grandes cidades.
Nessa linha, ação e reação se combinam e se enlaçam em um contexto sócio-político-econômico explosivo ( e isso só não ver quem não quer ), onde o diálogo cessa ou é escasso, com valoração da força bruta do Estado para tentar inibir e conter o que é crescente : uma insatisfação popular cada vez menos latente e mais explícita na qual a juventude precariada é aríete claro à qual se somam outros estamentos sociais de oposição a um modelo excludente e permissivo de tudo que não que seja sua própria negação.
Para finalizar, não podemos deixar de apontar que até momento a grande massa dos que deram entrada nos hospitais públicos e privados brasileiros após os confrontos em nossas ruas, estradas, vilas, favelas, universidades foram os atingidos por ações e artefatos disparados pelas forças policiais, alguns dos quais com lesões irreversíveis, sem que se tenha notícia de quaisquer atos governamentais ( administrativos ou judiciais ) que de fato tenham buscado apurar e responsabilizar os praticantes desses “ excessos “, o que, por óbvio, só faz reforçar o sentido e a necessidade de uma autodefesa por parte do mais fraco, gerando, em consequência do aviltamento da cidadania violada em seu direito de manifestação e protesto, cenas como as vistas no Rio na quinta passada e muito provavelmente se voltarão a repetir em razão da falta de uma cultura efetivamente democrática, distributiva, partícipe, cidadã e de transparência no trato da coisa pública.
A violência, como parteira da história, se apresenta ( na verdade sempre esteve presente ) indelevelmente aos nossos olhos de hoje.