Relatos das agressões e comentários

Relatos das agressões:

Estudantes da UERJ Relatam Covarde Agressao dos Dirigentes do PSTU Contra Ativistas da FIP-RJ (Vídeo da FIP-RJ):

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Por Dilmar Puri:

Bando do Pstu invade sala na Uerj e espanca 6 pessoas da F.I.P que estavam em reunião para ajudar nos preparativos do dia do índio na Aldeia Maracanã.

Isso abre um precedente muito sério, a comunidade da Uerj agora vai ter que pedir permissão ao pstu pra se reunir? Quem vai defender a autonomia e a democracia dentro da universidade dos ataques fascistas desse grupelho?

( As fotos são da minha mão, acabo de sair do hospital onde tive de levar 3 pontos num corte muito profundo que quase decepou meu dedo).

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Na palavra: Bruno Allan de Oliveira:
MILITANTES DO PSTU AGRIDEM COVARDEMENTE ATIVISTAS DA FIP

Ontem, dia 16 de abril, à noite, seis ativistas da FIP (Frente Independente Popular) estavam reunidos numa sala de aula do 9º andar da UERJ para debater uma atividade cultural marcada para o final de semana, quando por volta de 40 militantes (ou capangas?) do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) invadiram o local e, covardemente, agrediram as pessoas que se reuniam. Um companheiro ficou com um grave ferimento na mão e uma companheira terminou com um grande inchaço na cabeça. Outras pessoas foram feridas com menos gravidade, felizmente.

Entre os covardões, pude identificar o estudante e membro do Centro Acadêmico de Geografia da UERJ, Luiz Gouvea, Gustavo Treitsman, também estudante da Universidade, Julio Anselmo, estudante da UFRJ e Eduardo Henrique, petroleiro e membro da direção do sindicato da categoria no Rio de Janeiro. Pela presença de um número elevado de militantes de outros locais, creio que a ação foi premeditada.

Sei da prática policialesca dessa organização, que denuncia ativistas para a Polícia, desorganiza e sabota a luta popular, entre outros. Mas, dessa vez, a atitude do PSTU fugiu a qualquer limite do tolerável. Dessa forma, apelo às entidades, organizações e indivíduos que se manifestem publicamente sobre o ocorrido. Não podemos permitir tal prática em nosso meio. Divergências devem ser debatidas politicamente.

Não Passarão!

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Por Rafael Caruso:

Um bando de mais de 30 pessoas, “militantes” do Pstu Rio, invadiu uma sala da UERJ, no qual estavam 6 pessoas a discutir os preparativos para as atividades culturais do dia do Índio, em apoio à Aldeia Maracanã. Jogando cadeiras, socos e chutes. Roubaram duas mochilas e um celular. Espancaram uma militante e vários outros militantes. Dá pra acreditar? Um bando de covardes. Não falaram nada. Um deles eu sei bem quem é. É o babaca do Cabo Anselmo ( Julio Anselmo) Um típico oportunista, mau-caráter, traidor de classe, colaborador da polícia. Seu histórico de golpes em assembléias de trabalhadores é de dar inveja a qualquer patrão. Mas não esperava que a sua covardia e falta de solidariedade, tão comumente observada em manifestações, quando companheiros e manifestantes apanhavam das forças de repressão do Estado e ele e sua pelegada oportunista fugia; não esperava que chegasse nesse nível. Bem, já haviam caluniado a FIP de diversas formas, inclusive com BO em delegacia, quando daquela vez em que punks atacaram a sua sede após esse tipo de gente, militantes do PSTU, ter agredido um manifestante durante um protesto.
Para atacar manifestantes, encurralar pessoas numa sala na proporção de 6 pra 1, fazer whiteblock contra blackblock em protesto, para isso eles têm “coragem”.

Estão perdendo todo o espaço nas burocracias sindicais e o que mantém ainda é fruto de escaramuças, pilantragem, roubo e mais e mais fascismo. É muita frustração desse Ursinho do Morenismo diante da tropa de choque e víboras traiçoeiras diante dos mais combativos militantes! Parecem que estão encontrando formas práticas de lidar com a frustração e o recalque.

Da minha parte, adeus ao respeito e à compreensão a qualquer um que se mantiver numa “organização” escrota como essa. Até que se faça alguma coisa contra eles, não vou tolerar, aceitar ou respeitar qualquer coisa que se refira a PSTU.

Vamos esmagar, vamos esmagar o oportunismo no Brasil!
Não vai sobrar, não vai sobrar, nenhum pelego pra contar!

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Comentários

Por Jonathan Pacheco:

“Sobre a covarde agressão do 50 conta 6, vote 16:
Na primeira nota o PSTU confirma tudo que aconteceu e só tenta justificar pq fez aquilo.
Na segunda nota PSTU começa dizendo ser “diferente de outras organizações que escondem seus agressores machistas e protegem seus dirigentes”. Mas no mesmo texto insinuam especificamente que o dirigente do Sindipetro, Eduardo Henrique, não participou da agressão à menina estudante secundarista e que a própria agressão era uma calúnia. Se tudo isso era mentira, por que não afirmaram isso na primeira nota e esperaram tanto tempo?

Dois dias depois do ocorrido e da nota da FIP nada foi desmentido, nem individualmente por militantes do PSTU ou estudantes da UERJ, nem mesmo oficialmente pelo PSTU em sua primeira nota que tenta justificar os “ACONTECIMENTOS”. Tiveram toda essa oportunidade para desmentir formal e informalmente se houvesse qualquer falsidade nos relatos mas não fizeram, pois era verdade. Como ficou muito feio e nem mesmo sua base engoliu as justificativas, lançaram uma segunda nota. O que antes eram “Acontecimentos da UERJ” viraram “Calúnias Stalinistas” e a palavra “machismo”, que não apareceu na primeira nota, apareceu na segunda. Foi uma clara tentativa de trocar uma acusação verídica de agressão à uma menina por mais de um homem e testemunhada por diversos estudantes da UERJ, por uma acusação falsa.
Sobre o resto da covardia de 50 de seus militantes contra 6 pessoas que apenas participavam de uma reunião da FIP a resposta do PSTU continua sendo justificar as agressões com calúnias até sobre coisas da primeira metade do.século passado.”

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Por Morenah Moroni:

“Seguem links da nota oficial do PSTU-RJ e de notas das diversas organizações solidárias às vítimas e/ou violentadas pelo núcleo carioca do referido partido, em episódio recente na UERJ. Mas, antes, gostaria de fazer algumas considerações:

Existe uma gigantesca desproporção na tentativa de justificação por parte do PSTU-RJ:
1) Equivaleram: uma suposta agressão verbal = linchamento de 6 pessoas (incluindo uma adolescente) por 40 agressores (30 ou 50, tanto faz…continua sendo tremendamente covarde).
2) Tentaram equivaler: depredação parcial de um espaço físico (refiro-me ao repudiável ataque à sede do PSTU-RJ) = “depredação” (violência física) de pessoas. Além do mais, equivaler uma ação premeditada de quadros experientes, homens e mulheres adultos de um partido centralizador, com a ação passional de jovens manifestantes independentes (não-organizados e inexperientes, sem orientação político-programática) é desonesto. Lembrando que já foi provado e comprovado que a depredação da sede desse partido não foi praticada por militantes da FIP-RJ ou do MEPR.
E:
3) Em represália às pessoas (de variados alinhamentos político-ideológicos) que hostilizaram o PSTU em uma assembleia estudantil, foram se vingar especificamente do MEPR. Por que? Revanchismo?
4) Como um ato de vingança ao MEPR (?), invadiram uma reunião de comissão da FIP-RJ (que é composta por diversas organizações/coletivos/correntes) e agrediram militantes aleatórios, incluindo uma adolescente. Deixo claro que, ainda que não tivessem “errado o alvo”, continuaria caracterizado como um ato deplorável e hediondo!
5) Como agravante, era uma reunião para a construção de um ato em apoio ao movimento indígena. Lembremos que, especialmente neste momento, o movimento indígena necessita de amplo apoio. Portanto, quaisquer atos sabotadores de ações em apoio aos povos indígenas, como a reunião mencionada, são CRIMINOSOS por si só.
6) Ainda que fosse verdade a acusação de machismo praticado por algum militante do MEPR (por supostamente ter alterado o tom de voz) contra uma militante do PSTU-RJ, NADA justifica o linchamento de uma garota de 16 anos por parte de militantes (homens) do PSTU-RJ.
7) A FIP-RJ foi construída ou é composta por pessoas de variados alinhamentos ideológicos: stalinistas, maoístas, marxistas-leninistas, conselhistas, autonomistas, anarquistas (de diferentes linhas programáticas e teórico-epistemológicas) e, até mesmo, trotskystas (puxa!). Primeiramente, não se “combate” o “stalinismo” usando métodos fascistas, né. Depois, atacar e violar uma reunião de comissão da FIP-RJ é agredir todas as correntes/coletivos/tendências e individualidades que a compõem (incluindo, puxa de novo!, trotskystas). Lembremos que a FIP-RJ também vem sendo construída, ativamente, por alguns dos familiares dos presos políticos.
8) Acusar a FIP-RJ de sectarismo é insano ou desonesto, levando-se em consideração o espectro ideológico amplo de sua composição. O que ocorre – e é minimamente coerente – é que a FIP-RJ não incorpora coletivos/correntes/tendências que não têm acordo programático com suas bandeiras e princípios basilares (boicote à farsa eleitoral, independência do Estado e de governos, combate às burocracias sindicais e etc). Não faz nenhum sentido que organizações contrárias a estas bandeiras e princípios queiram ser incorporadas a tal Frente. Simples assim. E, óbvio, não se combate “sectarismo” com ganguismo e com mais sectarismo ideológico – tal como, por exemplo, justificar a agressão alegando que as vítimas são “maoístas” ou “stalinistas”..

Não, não está esclarecido. Nem está justificado. Nem será perdoado.

Destaco que, apesar das divergências ideológico-estratégico-programáticas que tenho com o PSTU, culminando em minha opção de não construir o partido e nem suas frentes de massas, os militantes deste partido em MS sempre me trataram com respeito e cordialidade, da mesma forma em relação aos demais adversários políticos. Inclusive, puseram-se SOLIDÁRIOS a militantes de organizações divergentes quando estes foram criminalizados ou perseguidos por aqui. Existe uma claríssima contradição entre direção e base, bem como entre centro e periferia regionais. Esta contradição não emerge apenas do PSTU, observem.

ESPERO QUE OS MILITANTES SINCEROS DO PSTU, BEM COMO DA ANEL E DA CSP-CONLUTAS, REPUDIEM ESTE FEITO!
REPUDIEM COM VEÊMENCIA!!!

https://www.youtube.com/watch?v=X4h4dBhaPhM&feature=youtu.be

https://www.facebook.com/psturj/posts/343937549138239

https://www.facebook.com/FIPRJ/posts/629613617172887?__mref=message_bubble

https://www.facebook.com/FIPRJ/posts/630213527112896?__mref=message_bubble

https://www.facebook.com/FIPRJ/posts/630404127093836?__mref=message_bubble

https://www.facebook.com/FIPRJ/posts/630407440426838?__mref=message_bubble

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Via Rafael Gomes

“Amigas(os), essa é uma resposta coletiva de opinião pessoal. Tenho recebido muitas mensagens de indignação e outras (poucas) de provocadores, então perdi 5 minutos do meu dia pra ler a nota pífia do P2TU sobre o que ocorreu na UERJ. A nota deles só fala do MEPR, quando a maioria que estava lá era da FIP. Eles não citam a FIP. Aí já temos uma falta de caráter que se desdobra no seguinte:

1) O P2TU quer ajudar a repressão, pois existem 23 processados e, nada melhor que uma confusão, pra piorar a situação deles. Porque fizeram isto exatamente em um momento crucial do processo? Aliás, eles nunca apoiaram a luta pela liberdade dos presos, o que só confirma esta posição minha.

2) Sejamos francos! A FIP “fez por merecer” as agressões, pois é a única Frente que denuncia os oportunistas com decisão, denuncia a farsa eleitoral e as práticas conhecidas deles. Claro! O defunto político, quinta coluna do fascismo, não tem mais argumento, então parte pra agressão (herança da época de PT, de onde eles foram expulsos choramingando).

4) A nota fala que alguém do MEPR “ameaçou” uma menina. Quero nomes, locais e relatos de como e quando aconteceu o que eles dizem. A nota não fala. Portanto, tal nota é mais uma prova de que eles só pretendem justificar as agressões. A FIP apontou nomes, o que, até agora (já que eles têm a razão) não fizeram. Quero, aliás, o nome de somente um (só um) militante do MEPR que tenha agredido alguém do PSTU nos últimos anos. Não tem! Sabem porque? Este movimento repudia tais práticas.

5) Entraram na sala filmando com celulares e colocaram uma menina na frente do grupo provocando todo mundo pra ver se alguém da FIP agredia a moça, o que não aconteceu, e jamais aconteceria. Ou seja, usaram a garota pra tentar provocar confusão, pra depois justificarem o “machismo”. Eles (30 homens) que agrediram uma menina!”

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Paulo Henrique Flores, publicado Via Mídia Independete Coletiva – MIC:

“Há alguns dias atrás, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) foi acusado de interromper uma reunião da Frente Independente Popular do RJ, e de simplesmente espancar os seis (06!!!) presentes com nada menos do que trinta (30!!!) “militantes”, entre eles figuras públicas. Pois bem: adoraria, e muito, que a acusação fosse falsa. Mas, como disse, a cada minuto ela parece ser mais verdadeira, o que já impede que se fique em silêncio. O motivo? As tensões do partido com o Movimento Estudantil Popular Revolucionário.

Primeira coisa a notar: caso seja esse o caso, temos que admitir que o partido simplesmente atuou como polícia política. O que não seria estranho, caso se tratasse apenas de uma burocracia sindical amedrontada. Deixo a cada um decidir se é o caso. Mas a extensão de práticas de gangsterismo sindical ao campo político não é nova. Ela só é sintoma, em qualquer situação, de desespero e fragilidade, da necessidade de se manter uma atividade policial que impeça um “descontrole” ameaçador pra quem policia.
As tensões, aliás, não são novas. Elas ganharam um tom mais claro com a acusação do partido de que o MEPR teria atacado sua sede carioca há um tempo – acusação que virou motivo de piada, porque obviamente falsa pra todos nós que estávamos próximos da FIP no momento. Que elas tenham ganhado esse ar e chegado a tal ponto, seria divertido para os psicanalistas sociais ao plantão: atingimos finalmente o momento em que a atividade política vira sintoma de… paranoia! E com direito a delírios. Paranoicos podem ser muito perigosos em certos casos. Mas o que tornaria esse caso unico, é que os paranoicos são também uma legenda institucionalizada pelo Estado burguês (compondo a belísima “esquerda parlamentar”, ou, ao menos nesse caso, com pretensões parlamentares). Se confirmada a agressão, a escolha de um objeto sempre mais ou menos aleatório (a FIP) para ser alvo das agressões (imaginariamente dirigidas ao MEPR) é curiosa também. Por mais que se diga que a FIP “é dirigida pelo MEPR”, é preciso, no mínimo, nunca ter ido a uma plenária da Frente para pensar isso e ignorar a pluralidade presente no espaço. Tanto mais porque tenho algumas dúvidas sobre a disposição dos agressores caso os militantes do MEPR, coletivamente, estivessem realmente presentes no espaço…”

“…Último e mais importante: sobre as seitas. Não me demoro muito aqui. Creio que grande parte de nossas derrotas recentes (mas obviamente, não tudo, nem as partes mais importantes) se deve ao nosso imaginário de seitas, nossa mania de construir políticas em seitas, de colocar nossa identidade ideológica e doutrinária na frente de tudo, nosso patrimonialismo com as lutas… Isso vale tanto para os que tem imaginário vanguardista, quanto para os que se ressentem da “sua” militância. Não vale pra quem faz o papel de polícia política, porque esses já estão mortos. Em época de obscuridade, só se pode colar citações mesmo.

“A Internacional foi fundada para substituir as *seitas* socialistas ou semissocialistas pela organização efetiva da classe operária através da luta. A Internacional só pode afirmar-se se a marcha da história destrói as seitas. O desenvolvimento das seitas socialistas e do movimento operário real estão constantemente numa relação inversa. Enquanto as seitas se justificarem (historicamente) a classe operária não estará madura para um movimento histórico autônomo. Na medida em que ela atinge a maturidade, todas as seitas serão, por essência, reacionárias.”

(K. Marx, carta a Bolte de 29 de novembro de 1871)”

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Por Natália de Castro:

Aí, galera!
Somos a gangue do PSTU! Não conseguimos falar na assembleia dos estudantes, por isso viemos aqui espancar vocês que tão em reunião, pra deixar bem claro que somos contra a violência! Vocês são autoritários e tentaram invadir a nossa sede ano passado! Vocês quem? A FIP, MEPR, a gente confunde! Sabemos que não foram vocês e até a DRCI, que queria incriminar a FIP, chegou à conclusão que não foram vocês, mas fizemos BO e não vamos voltar atrás.
Ah, tá, essa reunião não é do MEPR?? Foi mal, não é a mesma coisa não? A gente confunde mesmo. Erramos de sala, a gente queria era espancar outras pessoas. Mas vamos espancar vocês mesmo só pra garantir que possamos participar da assembleia que, aliás, já acabou! Fora autoritarismo, fora stalinismo, sem violência!

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