Saudamos a todas as organizações, entidades e indivíduos que tem se posicionado e repudiado a covarde agressão cometida por 50 bate-paus, entre eles dirigentes, do PSTU a 6 ativistas da FIP. Saudamos em especial aos ativistas da FIP que tem mostrado o quanto sólida é nossa frente, e que este ataque só nos torna mais fortes.
E afirmamos que aqueles que se calam diante de tal atidude deplorável estão sendo coniventes. E aqueles que preferem manter-se na confortavel posição de neutralidade, de forma velada estão na defesa de tais práticas dentro do movimento popular.
Segue o relato dos ativistas agredidos:
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De Bela Mendes (irmã do companheiro preso a mais 4 meses Igor Mendes):
“Só digo uma coisa… Pessoas queridas se feriram… Eu podia estar naquela sala, MINHA MÃE podia estar… Nao tive tempo de fazer uma declaração mais profunda, e também nao consegui absorver tantos absurdos que li, que vi… enfim… Mas diante desse quadro absurdo, alguma coisa parecida com bom senso, fez minha cabeça borbulhar.
Sabe, não acho justo, correto ou coerente e sei la mais o quê que demonstre o minimo de dignidade, qualquer pessoa se abster ou mostrar-se a favor (o que pra mim, da no mesmo) da barbárie cometida pelo P2TU na UERJ, tanto por diferenças ideológicas, quanto por birrinhas a respeito da FIP ou do MEPR. Foi uma covardia sem tamanho, por varios aspectos diferentes, e não acho natural, uma pessoa levar isso como algo cotidiano ou pior… Como aquele argumento tosco do “bandido bom é bandido morto” ou “justiça com as próprias mãos” ou essas bizarrices do gênero, esquecendo quais sao os bandidos e mostrando revolta com aqueles que estão sim, na luta, e nao sentados na frente do computador dando aula de como ser um revolucionário.
Todo apoio e solidariedade aos companheiros feridos, que se defenderam como puderam dessa atrocidade (mais uma), cometida por esses governistas, oportunistas e outras cositas más que eu adoraria falar, mas preciso me conter. Até birra tem limite gente. Respeito por favor.”
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De Maria Alexeivna
“Gostaria de me posicionar brevemente sobre a polemica do machismo no movimento social em que 4 homens do pstu espancam uma mulher do MEPR e do Movimento Feminino Popular em nome do combate ao machismo.cabe lembrar Mariategui, grande marxista latino americano , que muito acertadamente dizia a : “LAS MUJERES COMO LOS HOMBRES SON REACCIONARIAS, CENTRISTAS O REVOLUCIONARIAS, NO PUEDEN, POR CONSIGUIENTE , COMBATIR JUNTAS LA MISMA BATALLA. EN EL ACTUAL PANORAMA HUMANO LA CLASE DIFERENCIA A LOS INDIVIDUOS MAS QUE EL SEXO”.
A opressao feminina eh um problema concreto em nossa sociedade mas ela tem o recorte de classe. Nao se manifesta da mesma forma entre as mulheres burguesas e as mulheres das classes dominadas. Mulheres exploram e oprimem da mesma forma homens e mulheres: Thatcher, Condoleeza Rice, Rainha Elizabeth. Mulheres do povo se alcam a posicao de dirigentes de processos revilucionarios como na India, onde sao metade o Exercito Popular de Libertacao e estao em postos de comando de homens e mulheres como se tornam traidoras do proprio povo como Dilma Roussef.
Quando, na luta de classes, posicoes justas,de luta e combativas se chocam com posicoes opotunistas, de entreguismo e conciliacao com o governismo e ganham na votacao de uma asseembleia o que esta em jogo sao os interesses fundamentais de homens e mulheres do povo. Aqui pouco importa se quem defende as posicoes sao homens ou mulheres: estao representando posicoes distintas na luta de classes. Machismo seria usar deliberadamente a violencia fisica, a intimidacao, usar a baixa auto-estima das mulheres fruto da situacao de inferioridade que eh introjetada pela educacao sexista como forma de impor pontos de vista. Mas convenhamos, quem entra numa assembleia para a implodir nao esta exatamente intimidada.
O machismo tem sido muitas vezes uma coberta para tentar abafar posicoes politicas atrasadas. Ha que ter muito cuidado com isso. Nos mulheres que sofremos opressoes reais nao podemos deixar que as tomem cono instrumentos para encobrir oportunismo. Se uma mulher manda um homem tomar no c.. E recebe o mesmo tratamento de volta nao eh de machismo que se trata e sim pura falta de argumentos politicos. Se queremos respeito, temos que tambem respeitar os outros.
No meu trabalho, havia uma colega que sistematicamente transformava as reunioes do departamento em um lugar insurportavel. Era deliberado, para tentar impedir o clima de unidade e democracia que faria a instituicao avancar num caminho progressista. Era para todos irem embora porque de fato era impossivel l conviver naquelas reunioes. E una tatica antiga do oportunismo a sabotagem. Contra essa violencia so a violencia oposta das massas. Seria isso machismo?”
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